22 abril 2013

Dani Califórnia, começo - my dead body


Um dia a vida será boa, como se costumava ser quando eu era criança, um dia, as coisas TEM que começar a dar certo...

Dani P.O.V

Eram 3.00 AM, eu estava nas ruas escuras e desestras de Mississipi com apenas uma garrafa de vinho e minhas chaves nas mãos, tinha acabado de brigar feio com o Ryan... Como se isso fosse novidade.
As coisas com o Ryan vinham se deteriorando há meses, quer dizer, desde que eu o vi beijando uma garota qualquer e colocando dois pares de chifres em mim, pode ser até cômico, mas a idiota aqui perdoou, mas as coisas nunca mais vão ser como antes.
Cheguei em casa e abri a porta devagar para não acordar meu pai, o velho e eficiente policial Kields.Tem sido somente eu e ele desde os meus quatro anos, quando minha mão misteriosamente morreu.
O velho casarão era herança do meu avô, meu pai vive aqui desde que nasceu e nunca mudou nada, eu também não mudaria, porque mudar se eu nem ficaria aqui? Meu sonhos nunca foram viver em um estado caipira com homens gordos e carecas com mulheres que pareciam porcas de feira rural.Eu queria mais, eu queria dinheiro, gente bonita, festas, luxo, eu queria a Califórnia.
Ser a "rainha" de Mississipi era coisa de perdedora e eu não era uma perdedora, de jeito nenhum, eu nasci para brilhar em um outro lugar.
Tirei meu salto alto e subi as escadas com a ponta dos pé meio tonta, segurava no corrimão forte para que não pudesse cair, ouvi o barulho de vidro caindo no chão, quebrando, papai devia estar bêbado de novo por causa da morte da mamãe, ele surtava de vez em quando, isso tudo por que ela havia morrido à 15 anos atrás, não estou dizendo que eu também não sinto falta dela, de uma mulher na casa, só que isso tudo é muito chato, ter que ficar lá do lado dele quase que obrigada, porque dormir quando isso acontece é praticamente impossível.
O barulho se intensificou e eu decidi ir no quarto dele ver o que diabos estava acontecendo. Abri a porta do quanto e não tinha nada, me perguntava se era cedo demais para interna-lo em um asilo.
-Pai? - falei abrindo a porta do quarto de hospedes e não havia nada lá também.
O barulho aumentou ainda mais e ele não estava em nenhum cômodo daquele andar, deduzi que ele estava no terraço, fui subindo as escadas em direção ao terraço e a coisa realmente parecia estar estranha lá dentro, os barulhos não paravam de aumentar e era tudo muito estranho, como se alguem estivesse lá em cima apanhando sem reação, fui chegando mais perto e ouvi meu pai dizendo algo como:
-Não a machuque, por favor - corri subindo as escadas o mais rápido possível, quando tropecei e fiz um ringido bem alto, foi quando escutei um tiro.
Meu pé estava doendo muito, tentei me levantar mas a dor era maior do que tudo, me arrastei para a porta do terraço com esperanças de ter sido meu pai quem deu o tiro. Abri a porta do terraço desespera, esperando que meu pai me abraçasse e falasse que vai ficar tudo bem e que nós finalmente iriamos sair do inferno que a minha casa havia se tornado nos últimos minutos.
Me levantei e fiquei apoiada em somente um pé, pulei para tentar achar alguma coisa naquele terraço, olhei para o lado e lá estava o que eu mais temia, meu pai deitado no chão todo ensanguentado, com sangue em volta dele, pulei ate a direção dele e simples mente desabei em lagrimas enquanto me agachava para perto dele e agora? O que eu vou fazer? eu não faço a minima ideia.
Enquanto, chorava compulsivamente em cima do cadáver do meu pai, temendo o que podia acontecer comigo ou pensando em quem poderia ter feito isso, veio a dor, do nada, eu senti uma dor insuportável atrás da minha cabeça somente avisando a minha morte eminente, tudo ficou escuro.


                               ------------------------------------------------------------

comentem por favor.

+2 e eu posto o proximo

4 comentários: